O Jorge mais Amado do Brasil
- edvaldolimafilho
- 4 de dez. de 2013
- 2 min de leitura

Jorge Amado, nascido em 10 de agosto de 1912 na cidade de Itabuna, na Bahia, filho do fazendeiro de cacau, João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Com 1 ano de idade, se mudou para Ilhéus onde passou sua infância. Fez seus estudos secundários em Salvador, onde, começou a trabalhar nos jornais, e já aos 14 anos, participava ativamente da vida literária da cidade de Salvador, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.
Publicou sua primeira obra ( O País do Carnaval ) em 1931 - "Não escrevi meu primeiro livro pensando em ficar famoso. Escrevi pela necessidade de expressar o que sentia" -. Casou-se em 1933 com Matilde Garcia Rosa, com quem teve Lila, sua filha. Neste mesmo ano publicou seu segundo romance, Cacau. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito em 1935 no Rio de Janeiro. Por ser militante comunista, Jorge Amado se viu obrigado a se exilar na Argentina e no Uruguai, entre 1941 e 1942. Ao retornar, separou-se de sua mulher. Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), sendo o candidato mais votado de São Paulo. Ele foi também o responsável pela lei ainda em vigor, que garante a liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.

Em 1947, ano de nascimento do primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros foram perseguidos e presos. Se viu obrigado a morar na França onde permaneceu até 1950. Em 1949, morria no Rio sua filha Lila. Entre 1950 e 1952 viveu na República Tcheca onde nasceu sua filha Paloma.
Ao retornar, Jorge Amado resolveu afastar-se da militância sem deixar os quadros do partido política. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1961, ocupando a cadeira de número 23, tendo por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante, Machado de Assis. Entre as suas principais obras, pode-se citar: Capitães da Areia, Tieta do Agreste, Tenda dos Milagres, Dona Flor e seus dois maridos, Mar Morto, São Jorge dos Ilhéus. Formou-se em Direito no Rio de Janeiro, mas dedicou-se de fato à literatura.

Durante a segunda guerra, foi obrigado a deixar o país. Suas obras foram traduzidas para 49 idiomas e publicados em 60 países, adaptadas para cinema, teatro, rádio, televisão e até histórias em quadrinhos, tendo adaptações para braile e em formatos de audiobook.
Jorge Amado morreu em 2001 em Salvador, foi cremado e suas cinzas enterradas no jardim de sua casa, na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89 anos. As obras de Jorge Amado o fizera receber vários prêmios nacionais e internacionais, entre eles: Stalin da Paz ( União Soviética,1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), entre tantos outros. Além de todos estes, Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Apô Afonjá, na Bahia.
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